Banco de Dados para a Estimativa do Consumo Agudo e Crônico de Alimentos Pela População Brasileira

Um projeto da FT Agroquímicos

Área: Avaliação do Risco e Toxicologia

Responsáveis: Laura B. Valério; Mariana C. N. Pais; Andreia N. O. Jardim; CRISTIANA L. CORRÊA*; Heloísa Kalvan; Márcia Pala; Renata Volpi; Simone Guimarães

Resumo: As versões anteriores à POF 2008-2009, ao que tange o consumo alimentar, possuíam limitações para uso dos dados, uma vez que não apresentavam informações sobre o consumo efetivo individual, tendo coletado apenas dados de aquisição domiciliar de alimentos e a distribuição intrafamiliar dos alimentos e a quantidade de alimentos consumidos fora do domicílio. F forneciam apenas dados nacionais de disponibilidade domiciliar de alimentos, possibilitando apenas estimar o consumo e inferir sobre tendências no consumo da população. Portanto, até 2008-09, as POFs anteriores contemplam o consumo familiar sob a ótica do orçamento domiciliar e não do perfil de consumo individual. A POF 2008-2009, entretanto, traz agora incorporou informações sobre o a análise de consumo alimentar pessoal no Brasil, por grandes regiões.

Com a divulgação dos resultados do estudo: Análise de Consumo Alimentar Pessoal no Brasil (POF 2008-2009) pelo IBGE, realizada em parceria com Ministério da Saúde, foi possível obter pela primeira vez informações sobre o consumo efetivo individual de alimentos dentro e fora do domicílio, pelos brasileiros com 10 anos ou mais. Para tanto, os indivíduos participantes da pesquisa (34.003 moradores de 13.569 domicílios) foram orientados a registrar detalhadamente os alimentos consumidos, a forma de preparo, a quantidade consumida, o horário e onde o consumo ocorreu, dentro ou fora do domicílio (IBGE, 2011).

Entretanto, a forma com que os dados foram publicados na edição de 2008-2009 não permite sua utilização imediata para realizar avaliações que necessitem dos dados de consumo dos alimentos em sua forma in natura, uma vez que os alimentos foram citados em sua forma final de consumo. Portanto, além desta versão fornecer dados claros sobre o consumo de alimentos in natura, fornece também informações acerca do consumo de alimentos preparados e processados.

Assim sendo, quando há a necessidade de obter os dados de consumo per capita dos alimentos in natura, tanto os consumidos desta forma quanto a porcentagem advinda de algum alimento preparado ou processado devem ser levados em consideração. Por fim, as quantidades de cadaitem das receitas, correspondente aos ingredientes in natura, seriam somados a quantidade deste mesmo alimento consumido diretamente in natura.

Com este objetivo, a força tarefa de Agroquímicos (FT) do ILSI criou um Grupo de Trabalho (GT) denominado GT-POF. Este grupo de trabalho é composto por membros da indústria agroquímica – um consultor, um estatístico e um programador contratados para desenvolvê-lo – e colaboradores científicos representando a academia.

A partir do momento que se obtém dados do consumo individual diário efetivo dos alimentos
in natura, torna-se possível utilizar tais dados em diversas áreas, desde a avaliação do risco de
resíduos de praguicidas por meio da dieta, até a ingestão de componentes nutricionais.

 

Publicações do projeto

 

Acesso ao programa e outras informações: Fale conosco.