Revista Galileu – 04 de setembro 2019

Instituto é exemplo em valorizar cientistas e divulgação científica no Brasil

O International Life Sciences Institute (ILSI) Brasil premia, publica estudos e promove palestras, workshops e congressos para cientistas no país

 

A ciência brasileira tem sofrido com o colapso financeiro das agências de fomento federais. Na última segunda-feira (2), o Ministério da Educação (MEC) anunciou o corte de 5.613 bolsas de mestrado e doutorado concedidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), uma das principais entidades públicas de fomento à pesquisa brasileira. Desde o início deste ano, cerca de 12 mil bolsas foram retiradas do orçamento da Capes.

Mas, apesar do cenário de desestímulo à pesquisa, há instituições privadas trabalhando para incentivar os cientistas brasileiros a realizarem, divulgarem e trocarem conhecimento.

É o caso do International Life Sciences Institute (ILSI) Brasil, que promove prêmios de incentivo aos profissionais da ciência e dissemina a troca do saber dentro da comunidade científica por meio de congressos, workshops e palestras – só no primeiro semestre deste ano, foram mais de 20 eventos.

“Visamos unir cientistas da academia, do governo e da indústria, em prol do bem-estar da população e em contribuição ao meio ambiente”, afirma Flavia Goldfinger, Diretora Executiva do ILSI Brasil, em entrevista à GALILEU.

Segundo Goldfinger, o ILSI está em 17 países e tem sede em Washington, nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, o instituto conta com uma rede de cientistas de universidades públicas e privadas. Nos eventos científicos, profissionais das instituições têm acesso a referências bibliográficas atualizadas e relevantes.

O instituto atua em todo o território nacional, em oito áreas: agroquímicos, comitê de biotecnologia, estilos de vida saudáveis, segurança alimentar, alimentos fortificados, alimentos funcionais, nutrição clínica e nutrição da criança.

A entidade também se preocupa em falar diretamente com profissionais da saúde, que fazem a ponte entre o mundo acadêmico e a população geral. Segundo Flavia, muitas das palestras do ILSI Brasil auxiliam nutricionistas e médicos a darem informações corretas para os pacientes no dia a dia dos consultórios.

Além disso, são realizados estudos científicas em conjunto com os pesquisadores brasileiros para divulgar suas descobertas. “Temos publicações de reconhecido valor acadêmico que são usadas em universidades para os alunos”, diz Goldfinger.

O instituto realiza também premiações nacionais, como o Prêmio ILSI Brasil 2020, que reconhece jovens cientistas nas áreas de alimentação e nutrição. Serão selecionados três finalistas para 2020: o primeiro e o segundo lugar ganham, respectivamente, R$ 5 mil e R$ 3 mil, e o terceiro leva uma menção honrosa.

 

Fonte: Revista Galileu